domingo, 20 de julho de 2008

CHEGA DE PASSEATA!


O mundo vive com medo e apreensivo. Ir à escola, faculdade, trabalho e até mesmo namorar tornou-se uma incógnita. Em algumas metrópoles uma aventura digna de qualquer filme de ação hollywoodiano. Em outras, uma epopéia. No Rio de Janeiro e São Paulo, suspense.
Emoções é o que não faltam. Sirenes, correrias de policiais e marginais e claro, bala zunindo para todo quanto é lado. Alguns chamam de bala perdida. Eu a chamo de bala “encontrada”.
Não da mais para ficar alheio a tudo e dar de ombros. Não adianta mais grades nas janelas e o nosso toque de recolher. Sim! Nós, pessoas comuns, temos horário para nos enfiarmos em casa e amedrontados rezando para que nenhum delinqüente – mesmo “de menor” – invada nossos lares e faça barbaridades com as pessoas que amamos.
Nesses últimos anos, os noticiários tornaram-se mais desumanos. Nas TVs pipocaram programas policiais mostrando os detalhes de cada crime cometido. Contamos aterrorizadas, as vítimas nos trens de Madri, inocentes em Beslan e a insensatez em Bagdá. São Paulo parou com os ataques do PCC e ainda nos damos o privilegio de chorar os mortos no Líbano. No Rio de Janeiro a atrocidade tomou forma e virou novela nos telejornais quando o menino João Helio foi arrastado pelas ruas da capital fluminense. E mesmo depois de tanto tempo, continuamos contabilizando nomes de vitimas de guerra civil não declarada.
Até quando vamos aceitar passivamente esse massacre de pessoas do bem? Para alguns utópicos, basta vestir camiseta branca, algumas faixas escrito “BASTA!” que tudo ira se resolver.
Odeio passeata! Odeio flores colocadas em praias! Odeio pessoas fazendo a figura de uma pomba com as mãos! Odeio ver uma multidão soltando balões vermelhos simbolizando os mortos! Odeio ver o quanto estão fazendo de idiota uma sociedade inteira.
ONG’s bancadas pelo governo - veja até que ponto chegamos - deveriam ter um papel melhor na sociedade ao invés de usar a paz como fachada. Tem a obrigação de conscientizar cada cidadão a votar decentemente.
Chega de enganar o ser humano fazendo acreditar que parar o trânsito da Avenida Paulista aqui em São Paulo ou Avenida Brasil no Rio de Janeiro, irão sensibilizar nossos governantes e assim, forçarão a todos a sentarem apressados em torno da constituição para mudar regras e leis. Engano!
Há alguns anos, vemos na mídia a afirmação de que “o desarmamento diminui a violência”. Trata-se de um embuste, de uma expressão de pau, empurrada goela abaixo em toda a população brasileira que redundou na aprovação de uma criminosa e ineficiente Lei federal, que restringe ao máximo o uso de arma de fogo. Criminosa, porque expõe as pessoas de bem, desarmadas, à sanha dos bandidos. Ineficiente, porque não consegue desarmar os bandidos, pelo contrário, incentiva-os ao crime, por não haver, teoricamente, resistência da população que não pode mais se defender com uma arma na mão, nem dentro de casa. Não é a arma de fogo, em si, que mata alguém. É o ser humano, que tanto pode matar com uma pistola, uma faca, um porrete, com qualquer coisa que tiver às mãos, inclusive estrangular alguém com os próprios dedos.
Em 1990, a cidade de Nova York nos Estados Unidos, tinha um dos índices de criminalidade mais alto de todos os estados americanos. A população mudou o modo de votar e passou a eleger políticos com características semelhantes, com propostas de segurança semelhantes e assim foi criado o “tolerância zero”. Em pouco menos de 10 anos, Nova York se tornou a cidade mais segura de toda a América do Norte. Perceberam? Não foram passeatas e muito menos flores nas areias de uma praia famosa que mudou o quadro da criminalidade. E sim, a participação de todos para o único objetivo. Reduzir a criminalidade

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O DRAGAO DA INFLAÇÃO DESPERTOU



A inflação voltou? Talvez. Essa palavra já fez parte da vida dos cidadãos acima dos 25 anos. Diferente dos jovens com menos de 15 anos não conhecem o dragão desse contingente demográfico que voltou a abrir os olhos recentemente.

Essas pessoas cresceram em um ambiente de controle monetário. Diferente dos demais brasileiros que registram em suas lembranças o poder devastador da alta dos preços que corroem os bolsos de cada cidadão.

Em 1974 foi usado pela primeira vez o termo “dragão” para definir a voracidade dos juros e definir a perda de poder de compra. De lá para o atual real que foi criado em 1994, a Fundação Getulio Vargas registrou alta de, pasmem, cento e um trilhões e duzentos e quarenta bilhões por cento.

“Aí o dragão deu sua piscadela”

Preços em alta não são um problema só para os brasileiros. Em vários países a inflação deu um salto recente. Mas as razões são bem diferentes. Globalmente, o surto é conseqüência das medidas que outras nações estão tomando para prevenir a recessão. O responsável pelo efeito cascata é o calote nos financiamentos imobiliários nos Estados Unidos.

As empresas ainda não estavam plenamente recuperadas. O que ocorreu então foi que as pessoas voltaram a comprar, mas a oferta de produtos não aumentou na mesma proporção. Aí o dragão deu sua piscadela.

Nosso problema é que o brasileiro tem muito a comprar. Nem todo mundo tem a casa que gostaria ou até mesmo o carro dos sonhos. Uma parcela imensa da população quer as três refeições por dia prometidas em campanha pelo atual governo, com bastante coisa na mesa em cada uma delas. Volta e meia surge um dinheirinho e as pessoas vão às compras. Pouca oferta e muita demanda.

De 1994 a 1999 o país reagia a esses eventos incentivando as importações com um dólar lá em baixo, baratinho, baratinho. Comprávamos produto estrangeiro e pronto. A fórmula fez mal à indústria nacional e trocou-se a fórmula. Atualmente, o remédio do Banco Central está na taxa de juros. O efeito colateral é pior do que o do mercado global: mata a demanda (porque os juros sobem e aquela prestação que cabia no bolso não existe mais) e a oferta (as empresas não têm incentivo para investir).

Prepare-se

Com a inflação acampada às portas do Banco Central, dificilmente os juros vão voltar a cair tão cedo. Você investidor, tome cuidado com o mercado de capital. Ações e fundos de renda variável tendem a flutuar muito nessa atual situação global. A melhor dica de investimento é renda fixa e títulos do governo (como os do Tesouro Direto) têm risco bem menor e tendem a dar rendimentos melhores. Pode apostar!