segunda-feira, 7 de julho de 2008

O DRAGAO DA INFLAÇÃO DESPERTOU



A inflação voltou? Talvez. Essa palavra já fez parte da vida dos cidadãos acima dos 25 anos. Diferente dos jovens com menos de 15 anos não conhecem o dragão desse contingente demográfico que voltou a abrir os olhos recentemente.

Essas pessoas cresceram em um ambiente de controle monetário. Diferente dos demais brasileiros que registram em suas lembranças o poder devastador da alta dos preços que corroem os bolsos de cada cidadão.

Em 1974 foi usado pela primeira vez o termo “dragão” para definir a voracidade dos juros e definir a perda de poder de compra. De lá para o atual real que foi criado em 1994, a Fundação Getulio Vargas registrou alta de, pasmem, cento e um trilhões e duzentos e quarenta bilhões por cento.

“Aí o dragão deu sua piscadela”

Preços em alta não são um problema só para os brasileiros. Em vários países a inflação deu um salto recente. Mas as razões são bem diferentes. Globalmente, o surto é conseqüência das medidas que outras nações estão tomando para prevenir a recessão. O responsável pelo efeito cascata é o calote nos financiamentos imobiliários nos Estados Unidos.

As empresas ainda não estavam plenamente recuperadas. O que ocorreu então foi que as pessoas voltaram a comprar, mas a oferta de produtos não aumentou na mesma proporção. Aí o dragão deu sua piscadela.

Nosso problema é que o brasileiro tem muito a comprar. Nem todo mundo tem a casa que gostaria ou até mesmo o carro dos sonhos. Uma parcela imensa da população quer as três refeições por dia prometidas em campanha pelo atual governo, com bastante coisa na mesa em cada uma delas. Volta e meia surge um dinheirinho e as pessoas vão às compras. Pouca oferta e muita demanda.

De 1994 a 1999 o país reagia a esses eventos incentivando as importações com um dólar lá em baixo, baratinho, baratinho. Comprávamos produto estrangeiro e pronto. A fórmula fez mal à indústria nacional e trocou-se a fórmula. Atualmente, o remédio do Banco Central está na taxa de juros. O efeito colateral é pior do que o do mercado global: mata a demanda (porque os juros sobem e aquela prestação que cabia no bolso não existe mais) e a oferta (as empresas não têm incentivo para investir).

Prepare-se

Com a inflação acampada às portas do Banco Central, dificilmente os juros vão voltar a cair tão cedo. Você investidor, tome cuidado com o mercado de capital. Ações e fundos de renda variável tendem a flutuar muito nessa atual situação global. A melhor dica de investimento é renda fixa e títulos do governo (como os do Tesouro Direto) têm risco bem menor e tendem a dar rendimentos melhores. Pode apostar!

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, Ale. O texto está ótimo! Está dando até dica de investimentos, uau, kkkk! O Wake Up está te inspirando. Muito boas as observações, resumiram de forma bem simples e fácil de entender o que acontece atualmente com o crédito e a demanda. Bjs

daiane disse...

Nossa Alexandre um tempo q ñ passava por aqui,vejo quantos assuntos legais vc esta postando aqui.
A o q dizer desse?...só q o Brasil vai para o burraco,cada dia esta pior e vamos todos tomar naquele lugar.
Beijos e sempre q der estarei passando por aqui!

Anônimo disse...

O tema é ótimo para ser discutido.
Alem de tudo isso e um alerta aos jovens como eu, podendo nos orientar em como proceder no mercado financeiro .
Assim nos preparando para o mundo tão disputado que nos espera.
Valeu as dicas, fica com Deus.

Italo disse...

O que chamam de "inflação", chamo de oportunismo de alguns espertalhões de plantão.
Se não fosse a ganância de alguns, muitos não pagariam o preço..

Tem que fazer como o personagem do Wagner Moura(Tropa de Elite 2): dar surra em safado!