quinta-feira, 24 de abril de 2008

SOLIDÃO


Terminei de ler Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques. Para quem não teve a oportunidade de ler a obra, o escritor fala da estirpe dos solitários para a qual não será dada uma segunda oportunidade. Esse mundo moderno, capitalista – pelo menos no ocidente – vive em comunidades. Todo o sistema foi divido em países, estados, cidades, bairros, ruas e dividiu também o ser humano. Alguns especialistas afirmam que o homem não consegue viver sozinho. Discordo!
Cada individuo vive hoje sozinho e isolado dentro da sua mente. Buscando o sucesso em diversas áreas (profissional, amorosa, amizade, familiar e etc.)
Nessa busca alucinada pela perfeição, deixamos de olhar nos olhos das pessoas que estão ao nosso lado. Deixamos de dizer o quanto ela é importante por dividir a “estrada da vida” conosco. Aos estranhos o tratamento é ainda pior. Paramos por exemplo, de cumprimentar o vizinho, isso quando, e se, o conhecemos. Entramos em nossos carros, armados de rancor e mau humor, amarramos à cara e partimos para o combate. É como uma luta corpo a corpo, mas usamos o no “carro a carro” até o destino final. Entramos em elevadores de cabeça baixa e quando falamos um “bom dia” é sem qualquer intenção do verdadeiro desejo – e recebemos a resposta com o mesmo sentimento.
A solidão que cada ser humano sente hoje reflete no aumento da criminalidade – ou será o contrario? Será que o aumento da criminalidade distanciou todo mundo de todo mundo?
Banalizamos a morte. Não nos importamos quando alguém querido perde um ente. Vamos ao velório do amigo por etiqueta e antes de sairmos de casa em direção ao ultimo “adeus”, desejamos que seja o mais rápido possível.
Há quanto tempo não liga para aquele amigo do colégio? Amigo que dividiu com você uma das etapas mais importante (e divertida) da sua vida. Há quanto tempo não olhou para sua mulher ou para seu marido e declarou o quanto o (a) ama?
Há quanto tempo não chega em casa e da um abraço no seu filho ou filha?
São pequenas coisas que fazem o nosso dia ser grande e especial.

6 comentários:

JOR - Tecnologia disse...

Vivemos um individualismo. O interesse humano volta-se quase que exclusivamente para o próprio bem-estar mental ou físico. Somos, quiçá, escravos da cultura das sensações. Na cultura das sensações, o indivíduo começa a se desonerar de toda responsabilidade em relação ao que faz a si e ao outro. Pouco importa se seus desejos e ações venham a resultar em miséria e morte de quem quer que seja, inclusive a sua. Se algo vai mal, é por culpa dos “pais”, do “trauma na infância”, dos “políticos”, dos “capitalistas”, dos “comunistas”, da “televisão”, da “sociedade de consumo”. Em uma cultura de sensações, como a vida humana poderá encontrar o sentido maior que a levará à plenitude se todas as opções forem lícitas, avaliadas apenas segundo o bem-estar diante das atitudes tomadas? Neste mundo ínfimo e sombrio o homem perde a maestria e a ciência de que somos todos um.

daiane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
daiane disse...

É verdade Ale,seu texto foi muito foda,adorei ele.As pessoas hoje estão se fechando nos seus pequenos mundinhos e não estão nem ai p/ os outros.Só se preocupam c/ o seu próprio umbigo e se f.... os outros! Acho q todos poderiam tentar melhor um pouquinho.Eu mesma as vezes já entrei e não comprimentei as pessoas no elevador(q coisa feia),mas hoje percebi q o q faz o dia ficar bem melhor são pequenas coisas,gestos q fazem bem e são tão simples!Estou aprendendo a exercitar mais isso, reconheço q é muito bom!Fiquei muito curiosa p/ ler esse livro Ale,e masi uma vez o seu blog está demais!!beijos.. até mais.

Marcella disse...

Oi Alê !
Realmente acho que o distanciamento das pessoas deve-se simplesmente ao egocentrismo... Eu quero... eu posso... eu mando... eu estou ocupado... eu estou irritado... eu estou cansado... eu tenho que trabalhar... eu tenho isso... eu sou o melhor... eu quero prioridade... eu primeiro... eu tenho que comprar aquilo porque fulano tem... É a cultura do consumismo absoluto - bunda, peito, carro, helicoptero, casa em Dubai e qualquer outro lugar mais estúpido e artificial que possa existir... Sabe de uma coisa ? Já me olharam estranho por ser gentil demais... Já disse e repito: o ser humano será mais feliz quando der mais importância ao "ser" e não ao "ter". É isso. Um beijo da Marcella.

Roselioness disse...

Olá Alexandre, é um prazer escrever aqui tb...As pessoas se afastam, como se fossem todos de posturas diferentes, de mundos onde não existe comunicação, o que não é fato, para tudo tem uma compreensão, uma palavra, um sinal, mas anda ficando cada dia mais complicado ser simples, ser somente, natural...É triste, um sorriso, um bom dia muda a vida as vezes de muita gente, muda a minha...Valeu pelo espaço e é sempre bom ouvir vc tb...
Parabés, e digo, aprendo com vc, sempre aprendo lendo e me comunicando, é a chave de tudo...
Meu blogger é www.estelinhadomar.blogger.com.br
Qdo puder apareça, esta sendo reativado agora srs.
Grande bjo

Unknown disse...

Bom esse é o meu 1° comentário em um blog, não sou muito boa com as palavras mas não podia deixar de comentar sobre esse livro "Cem Anos de Solidão" foi um livro que ganhei de uma amiga, quando passava por uma faze digamos não muito boa... foi ótimo por que me ajudou muito fiquei muito feliz quando vi o se su comentário a respeito do livro, o livro eu emprestei a um amigo, que tambem adorou...